Como se tornar Mestre e Doutor, e qual o motivo desses títulos darem tanto prestígio
Todos nós já vimos alguém gostar de ser chamado de "Dr", em comerciais de carro é comum o potencial cliente da montadora ser chamado de doutor pelo garoto-propaganda, ricos e pessoas de prestígio (sempre muito bem vestidos) são chamados assim. No passado, advogados e médicos eram chamados assim só por serem formados, e sempre tem aquelas pessoas com algum poder (chefes e juízes por exemplo) q fazem questão de receberem esse título pelos "inferiores", ao passo q os puxa-saco adoram usar isso qd desejam sugar um pouco do poder dessas pessoas.
Afinal, oq é ser um mestre ou doutor, como conseguir esses títulos e pq é tão difícil?
- Introdução
- Definições
- Formação básica
- Começando a ser gente e ter prestígio
- Orientador e Iniciação Científica
- Banca examinadora
- Voltando pro mestrado
- Parabéns Mestre, agora vai logo pro doutorado, e cadê os artigos hein?!
- Artigo científico e Comunidade Científica, o reconhecimento final!
- Credibilidade e reconhecimento: como ter seu próprio artigo científico publicado!
- Congresso foi divertido mas acabou, bora voltar pro doutorado
- Mais pesquisa é cara Seu Dotô, de onde eu tiro o dinheiro pra financiar meu trabalho e ainda me sustentar? Fazer pesquisa como hobby naum dá!
- Financiamento privado
- Financiamento público
- Parabéns Doutor, vc conseguiu!!
- Continuando e avançando pesquisas já iniciadas: escopo, trabalhos futuros e referências bibliográficas!
- Conclusão
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Definições
Comecemos entendendo oq é um título: é uma "denominação honorária", um rótulo q uma pessoa ganha pra indicar ser ela digna de uma certa honra, pra designar a ela um certo prestígio. No fundo é frescura de gente metida mesmo.
Um exemplo de título é o Sir, dado pela realeza inglesa a pessoas q eles julgam ser merecedores. Uma homenagem a pessoas q eles consideram dignas desse título. Outro título engraçado é o cidadão honorário, duma cidade por exemplo, dado a pessoas q fizeram algo de destaque na cidade. No USA tb gostam de dar a chave da cidade, como se a pessoa tivesse livre acesso a todos os estabelecimentos da cidade e nenhuma porta estivesse fechada pra ela. Na idade média a nobreza tinha uma gama imensa de títulos q eram passados hereditariamente, e perderam o valor com o fim do feudalismo e crescimento do capitalismo, qd os nobres perderam poder e os ricos conseguiram comprar títulos, diminuindo seu valor.
No caso de Mestre e Doutor, eles são títulos acadêmicos, dado a pessoas q chegaram num certo grau de escolaridade e especialização, indicando q eles deixaram de ser alunos pra se tornar professores ou mesmo cientistas. Mas como afinal conseguir esses títulos, e pq pessoas sem formação adequada gostam tanto de ser chamados assim?
Pessoas querendo se impor forçando os outros com ainda menos instrução a chamar eles assim tem aos montes, até gostamos de ridicularizar essas pessoas chamando elas de "Dotô". Se impor sobre subordinados, sobre pessoas q dependem de vc ou sobre pessoas ignorantes e medíocres q ficam impressionadas com pessoas ainda mais medíocres e ignorantes q elas... isso é fácil, agora ser reconhecido por outras pessoas honradas já é mais complicado.
Mestre significa "homem q ensina", "professor", "homem de muito saber", "especialista numa ciência ou arte", "comandante", "patrão".
Já Doutor significa "diplomado numa universidade", "formado numa universidade e tem a mais alta graduação dela após defender uma tese".
Em suma, em comum indicam pessoas q aprenderam muito e se formaram, se especializaram como poucos conseguiram. Mestre é voltado pra professor e Doutor indica o cara q chegou ao ponto de, naum apenas aprender e ensinar conhecimento já existente, mas criou um conhecimento novo, inédito... um cientista.
Formação básica
No Brasil, depois de formado no 2º grau/ensino médio na escola, a gente vai pro 3ºgrau/ensino superior, na universidade. Ao se formar no ensino superior, a gente fica graduado se tornando bacharel nakela área. Em algumas profissões o bacharel recebe licença pra exercer a profissão.
Sendo bacharel, a maioria fica satisfeito e vai direto enfrentar o mercado de trabalho. Pra esses o caminho ideal durante a graduação é fazer estágio em empresa, pra adquirir experiência prática, ralar feito um condenado sendo humilhado por todo mundo, recebendo uma mixaria e já ir formando sua "rede de contatos profissionais".
Alguns com mais dinheiro e oportunidade faz pós-graduação. Ela é parecida coa graduação (ensino superior), só q focada num assunto específico q é mais aprofundado nesse curso (pros q naum sabem, na graduação a gente só aprende o básico de muita coisa, no geral aprende muito pouco e muito generalizado). Terminada a pós, o cara se torna especialista.
No USA eles usam o nome pomposo de MBA. Durante um tempo os brasileros ricos sem capacidade pra fazer mestrado tentavam compensar indo pro USA fazer pós-graduação lá, voltavam se gabando do nome da formação e as universidades daki tentaram se valorizar chamando suas pós de MBA tb. Hoje parece q o auge passou e vemos isso sendo bem menos usado.
Em alguma profissões o especialista ainda recebe licença pra exercer profissões específicas. Por exemplo um bacharel em medicina trabalha como clínico geral, daí fazendo pós-graduação ele vira cirurgião e passa a poder fazer cirurgias, e depois se especializando em cérebro ele vira neurocirurgião.
Começando a ser gente e ter prestígio
Já quem quer ser professor ou cientista (ou mesmo se destacar no mercado de trabalho e ocupar cargos maiores), logicamente precisa saber mais. Universidades minimamente boas oferecem então curso de mestrado, q tradicionalmente servia pra formar professores. Hoje essa ligação já naum é mais tão direta, e apesar de ainda ser obrigatório ser Mestre pra dar aula, na prática a maioria dos professores naum tem mestrado, mas os Mestres recebem mais q o dobro do salário dos professores sem essa formação!
No Brasil, pra fazer mestrado é preciso conseguir uma vaga nessas universidades, e a concorrência é assombrosa, muito difícil mesmo! Pra piorar ainda existe a velha rixa entre universidade pública e privada, as públicas snobam as privadas e dificultam a entrada desses alunos. Sendo graduado numa universidade pública a gente tem MUITO mais facilidade de conseguir uma vaga de mestrado, principalmente na própria universidade onde graduou.
O problema é q naum existe critério objetivo e claro do q é considerado na distribuição das vagas, é tudo muito subjetivo, com entrevistas e tudo mais. O certo é q eles querem pessoas capazes de produzir artigos (falarei mais sobre isso).
Orientador e Iniciação Científica
Aqui vou explicar 2 elementos importantes q os interessados em fazer mestrado já passam a ter contato ainda durante a graduação (sim, da mesma forma q pra passar no vestiba é preciso preparar já durante o 2º grau, muito mais pra entrar no mestrado é preciso preparar durante a graduação).
Toda pesquisador, pelo menos até o final do doutorado, tem um orientador. Ele na Ciência é o equivalente ao professor no ensino, mas tb tem muitas características de chefe de empresas. Ele tem MUITO mais experiência do q seus orientados e orienta eles em tudo q precisam fazer. Essa orientação significa "dar a direção" de como o orientado deve fazer, dar ordens do q ele é obrigado a fazer, averiguar se ele tá fazendo direito e inclusive conferir se ele naum tá cometendo nenhuma fraude.
Outra semelhança do orientador é com um pai, pq apesar de cobrar e exigir tanto, tendo o poder até de cancelar o mestrado/doutorado se considerar muito fraco, ele tb garante q a gente faça tudo direito, de modo a depois conseguirmos sucesso e reconhecimento no final do trabalho. Ele nos ensina MUITO, e tb é responsável pelo trabalho q fazemos, dependendo do ponto de vista até mais do q nós mesmos, e é responsável em última instância por nós: se der alguma zebra, a Comunidade Científica cobra mais ainda dele do q de nós, pelo motivo dele ter a responsabilidade de nos orientar a fazer tudo certo.
Orientadores de mestrado tb dão aula na graduação, por isso eles já conhecem os alunos. É esse o argumento dado pra esses alunos terem uma facilidade especial de conseguir vaga, os orientadores já conhecem eles da épora q eram professor-aluno e sabem o pontencial deles. Mas claro q tb uma universidade ter seus graduados no mestrado dá prestígio pra elas, aumenta a procura no vestibular, então pq elas vão dar prestígio pra outras universidades se podem dar pra elas mesmas?
Se vc naum formar numa universidade pública q ofereça mestrado, o caminho é ralar na graduação, dar um jeito de fazer Iniciação Científica, e ter a sorte de publicar pelo menos 1 artigo. Suas notas nas provas indicam sua capacidade relativa ao resto da turma (estando numa universidade ruim a turma é ruim e vc provavelmente tb vai ser ruim mesmo tendo nota boa, já se a universidade é boa a turma é boa e mesmo vc tendo nota ruim ainda vão te considerar sendo minimamente bom se conseguir se formar nela), ter feito Iniciação Científica demonstra ter interesse por ciência ou pelo menos ter experiência de como funciona, e ter artigo publicado demonstra q seu trabalho teve mérito reconhecido por pessoas de fora da sua universidade.
A Iniciação Científica é o equivalente pra Ciência do estágio pras empresas. As melhores universidades até ensinam um pouco de como a Ciência funciona, mais é tudo teórico. Na Iniciação Científica a gente aprende a fazer ciência na prática, o próprio nome já indica, é uma iniciação. É o cara entrando pra área e tendo uma visão inicial, começando. O sentido é diferente da Iniciação nas Ordens Ocultas, onde o cara faz a Iniciação e se torna Iniciado depois de anos de aprendizado, qd ele já sabe muito e terminou sua "iniciação".
No meio acadêmico e na Comunidade Científica um cara fazendo Iniciação Científica é um noob, q naum sabe nada e tá começando a aprender. É interessante tb informar q o "fazer ciência" só começa mesmo no doutorado. No mestrado e ainda mais na Iniciação Científica, a gente pode simplesmente "revisar" o conhecimento já existente, por exemplo lendo um punhado de livros e escrevendo um resumo. Isso é permitido pq ao ler tanto o cara aprende muito, e seu "resumo" pode ser lido por pessoas com menos conhecimento pra aprenderem as informações mais importantes sem ter q passar pelo processo completo de ler todos os livros, q vc passou. Percebe como isso é voltado pra "aprender muito e ter muito conhecimento pra repassar o essencial pra pessoas com formação inferior"?
Só q na prática, a concorrência gigantesca (vai por mim, a concorrência candidatos/vaga pra mestrado deixa claro como a concorrência no vestibular é brincadeira de criança, literalmente!) permite aos orientadores cobrarem muito, e assim é essencial já produzir conhecimento novo (o fazer ciência) já na Iniciação Científica.
Em suma, a Iniciação Científica naum visa fazer ciência, o objetivo principal é iniciar os alunos da graduação pro q vão fazer no mestrado, apresentar um preview, dar alguma experiência pra q entrem no mestrado já com alguma noção de como funciona. É claro q os trabalhos de Iniciação Científica tem algum valor científico e são considerados, mas é muito pouco. O certo e normal é trabalhos aqui serem retomados em mestrados e doutorados, pela mesma pessoa à medida q vai se graduando ou por outros q tomem conhecimento do trabalho e se interessem em avançar.
Tb existe o PCC, às vezes chamado de TCC, q os alunos fazem no final da graduação. É como se fosse uma "Iniciação Científica forçada", pq todos são obrigados a fazer e quem naum faz naum se forma. O objetivo é garantir q todos os graduados saiam da universidade tendo uma experiência prática mínima. Oficialmente eles devem demonstrar nesse trabalho oq aprenderam durante toda a graduação, mas na prática sempre tem alguma cobrança pra q aprendam algo novo durante o trabalho.
Banca examinadora
Eu diria q a banca examinadora é o elemento único mais importante de toda a Ciência, e ao mesmo tempo é um completo mistério pros místicos e o pavor dos charlatões. Expliquemos como ela funciona usando o exemplo prático:
PCC tem duração de 1 ano dividido em 2 etapas de 1 semestre. No 1º semestre vc prepara e documenta o projeto, vc naum implementa o projeto diretamente, apenas monta um documento explicando oq é o projeto, como ele vai ser feito e quais os objetivos q deseja alcançar, e faz alguns testes preliminares pra demonstrar ser o projeto viável de ser feito. Tudo tem q ser bem documentado, leva muito tempo e dá muito trabalho (e o projeto em si nem começou ainda, é só a preparação...), pq finalizada a etapa vc apresenta o projeto pra banca.
A banca em pesquisas menores como IC e mesmo mestrado é formada por um grupo pesquisadores da própria universidade (ou instituição de pesquisa, caso a instituição seja voltada só pra pesquisa e naum tenha cursos de graduação), mas sempre podem convidar alguém de fora pra participar, e nesses mais avançados como mestrado esses convidados passam a ser quase pré-requisito. Independente do caso, a banca é montada pela instituição, os membros da banca representam a instituição, e nessa etapa da finalização da 1ª etapa o objetivo é avaliarem o projeto apresentado.
A avaliação consiste em verificar se a documentação do projeto é consistente, se o aluno é capaz de fazer oq ele diz se propor a implementar (levando em consideração tempo, verba, infra-estrutura, etc disponíveis), e tb avaliar a relevância do projeto. Se o grupo compondo sua banca examinadora considerar q a documentação naum é completa o suficiente, q vc estrapolou e naum vai dar conta de fazer tudo, ou q vc se propôs a fazer muito pouco e deve fazer mais, ou q seu projeto é irrelevante (desde ser inútil até tal projeto naum ser ciência), eles rejeitam o projeto. Se rejeitarem, vc tem sua IC/mestrado/doutorado/etc cancelado, todo o trabalho da 1ª etapa é perdido, e SE a instituição quiser manter sua vaga (uma graduação inteira naum vai ser perdida por um PCC rejeitado né, agora vai passar esse vexame num mestrado pra vc ver...) vc precisa recomeçar tudo de novo.
Na prática essa rejeição nunca acontece, pq como eu disse o orientador tem a responsabilidade de avaliar seus orientados e garantir q tenham feito tudo direito. Se ele ver q o projeto naum vai ser aprovado (orientadores são os mais chamados pra compor bancas examinadoras, por terem tanta experiência) ele nem deixa o projeto ir pra banca, ele manda o orientado corrigir tudo (oq pode incluir até, e naum é nada raro, reescrever de novo tuuuuudo akilo q ele teve um trabalhão pra escrever e ficou uma porcaria :D ) se der tempo, ou caso naum dê ele próprio já "reprova" seu orientado. Qd o orientador aprova o projeto pra ir pra banca ele já sabe q vai ser aprovado, e bons orientadores defendem seus orientados junto à banca. Se naum tô enganado o orientador sempre compõe a banca q vai examinar seu orientado.
O cara naum fica fazendo tudo de boa durante toda a 1ª etapa pra só ser avaliado na banca, oq acontece é mesmo ele ser avaliado diariamente, desde qd concorre pra vaga e depois pelo orientador q vê dia-a-dia seu trabalho.
É importante tb deixar claro q essas pessoas naum são seus inimigos, eles são duros com a gente por querer q façamos direito. O bom professor é akele q pega no pé do aluno e exige q ele aprenda pra valer, naum o q passa a mão na cabeça e dá nota fácil. A banca tb naum tem objetivo de ferrar com o povo, ela tem objetivo de garantir q todos os trabalhos sejam de qualidade e eliminar possíveis falhas. A maioria dos membros das bancas dão dicas importantes pra ajudar e apontar o melhor caminho (lembrando q é tudo gente MUITO mais experiente q vc e sabe MUITO mais q vc, igual seu orientador) e encontram falhas q o orientador deixa passar. Enquanto o orientador é só 1 pessoa e obviamente pode errar, a banca é um grupo de pessoas com vários pontos de vista diferentes, é uma oportunidade rara de ter seu trabalho avaliado por várias pessoas q se comprometem a realmente avaliar ele direito (e naum de qqr jeito, como acontece qd vc pede pra alguém "dar uma lida" de favor).
Mas ao mesmo tempo, a banca naum tá lá pra bajular ninguém. Pessoas q sabem um pouco podem impressionar pessoas q naum sabem nada e convencer elas de qqr bobagem dita numa lorota com uma conversa fiada historinha bonitinha. Além disso místicos naum gostam de divergência, ou eles impõe suas opiniões sem aceitar questionamentos ou se calam e naum expressam discordância. Ao verem alguém q demonstra saber mais q eles, eles simplesmente aceitam tudo q a pessoa diz sem ter capacidade de questionar, e de fato nem mesmo de conseguir entender oq é dito, apenas fingem entender e saem repetindo tudo feito papagaio.
Já a banca examinadora é diferente, se eles discordarem de vc, vão dizer na sua cara, naum tem dó, a hora é pra isso mesmo. Místicos, gurus e charlatões em geral naum admitem q discorde deles e ficam irritados e logo começam a agredir, xingar, esbravejar tentando se impor no grito, simplesmente pelo fato de serem incapazes de argumentar. Já uma pessoa de bom senso consegue receber críticas e conviver com pessoas q pensam diferente, conseguem tirar proveito das críticas e crescer com elas. E realmente tem uns membros de banca examinadora q pegam pesado viu, malham sem dó e exigem MUITO.
Anyway, seu orientador vai evitar q contratempos aconteçam e se ele deixar vc submeter seu projeto pra banca é certo q ela vai aprovar, vc vai ver seu trabalho tendo vários defeitos apontados na sua cara, alguns deles q vc naum vai concordar e naum vai gostar, mais vc e seu trabalho vão sobreviver e aí vc recebe aprovação da sua universidade/instituição sob a representação da banca pra entrar na 2ª etapa, q é a implementação em si do projeto.
Parabéns, seu projeto foi considerado válido e tendo alguma relevância, seu trabalho teve um pequeno reconhecimento por parte da sua universidade/instituição e vc vai fazer oq se propôs. Seu orientador vai te dizendo como fazer e vc naum vai fazer do jeito q ele disse, ele vai te cobrar fazer direito e vc vai corrigir as falhas apontadas por ele,vai perder tempo fazer a importante parte de documentar com todos os detalhes tudo q vc fizer, o tempo vai passear de avião e qd vc ver o tempo vai ter voltado e tá na hora de rever sua querida banca de novo, mesmo naum tendo feito tudo q disse q faria.
Terminada a 2ª etapa, vc apresenta novamente seu trabalho pra banca examinadora, agora com o pojeto implementado. Normalmente o grupo é o mesmo q te avaliou no meio do trabalho, e agora eles vão querer saber direitinho se vc fez mesmo tudo q se propôs a fazer e eles acreditaram na sua palavra ao aprovar seu projeto. Vão olhar se oq vc fez, foi feito direito, avaliar a qualidade dos seus resultados, se vc usou a Metodologia Científica direitinho como seu orientador perdeu os cabelos insistindo pra q vc fizesse, e claro avaliar se esses resultados são reais e naum houve nenhuma fraude (coisa muito comum dentro do curandeirismo, mesmo os místicos jurando de pés juntos ser mentira e q todas as fraudes são feitas pelos cientistas coa total e completa conivência dos orientadores, das bancas examinadoras e de tooooooodas as instituições de pesquisa e universidades do mundo, toda essa turma claro comprada pelas Indústrias Malvadas, pq sem dúvida na verdade vc naum fez porra nenhuma, ficou lá de perna pro ar dormindo como um cabide de emprego e depois montou gráficos e tabelas sem sentido nenhum pra tentar enganar o povo inteligente e esperto [os místicos, o pessoal q sabe tudo!] q vc trabalhou de verdade).
Como resultado de toda a avaliação eles vão te dar uma nota final, onde cola naum tem espaço, e essa nota vai representar todo o valor e reconhecimento q a instituição/universidade dá pro seu trabalho.
Voltando pro mestrado
Lembra q eu havia falado do PCC né, q ele dura 1 ano e talz. No mestrado é parecido, só q como dito vc precisa correr atrás duma vaga. Uma vez conseguida a vaga pro mestrado vc tem aulas de várias matérias disponíveis, algumas obrigatórias e um punhado opcionais. Vc precisa passar em todas as obrigatórias e um mínimo de opcionais, isso enquanto vc documenta seu projeto e faz sua pesquisa.
O mestrado dura 2 anos, com cada etapa durando 1 ano. Funciona de modo geral igual no PCC, só q a cobrança é infinitamente maior e tudo é mais difícil. Mais tb os recursos disponíveis são maiores, a pesquisa tem mais espaço e muito mais apoio (agora acabou akilo na Iniciação Científica do objetivo ser o aluno aprender, agora vc tem q saber e ralar sem dó, cabou a brincadeira!). Axo difícil alguém dar conta disso e ganhar tão pouco dinheiro sem gostar, quem tentar sem gostar vai sofrer muito, mais quem faz pesquisa de algo q gosta tem muita satisfação.
Parabéns Mestre, agora vai logo pro doutorado, e cadê os artigos hein?!
Poisé, os místicos (q naum tem capacidade pra fazer e nem querem pq já tem dinheiro fácil e moleza mesmo) acham q é fácil e inútil, mais a ralação no mestrado é sobre-humana. E agora q vc é Mestre, ou vc arruma sua vida no mercado de trabalho, ou caso goste de dar aula vai pro 2º grau ganhando uma mixaria pra torturar pessoas q naum gostam e naum kerem aprender sua matéria, ou vai ganhar bem mais sendo professor universitário, ou continua na universidade fazendo pesquisa (e dando aula só pq te obrigam). Trabalhando com pesquisa a cobrança pra ir pro doutorado é muito grande, logo qd vc queria tirar um tempo pra relaxar depois de tantas noites sem dormir.
Doutorado é MUITO mais difícil q mestrado, e vc nem tem tempo de comemorar ter se tornado Mestre, já tem q correr atrás duma vaga ainda mais concorrida q as de mestrado.
Pra poder concorrer pra uma vaga no mestrado, tudo q vc precisa ter é uma graduação. Já pro doutorado há "apenas" 2 "simples" pré-requisitos: ter um título e ter 1 artigo científico publicado.
A exigência do título impede q vc faça doutorado logo q sair da graduação, afinal naum é fácil conseguir um título. Se vc for amigo de algum membro da família real britânica pode pedir pra ele tentar convencer a rainha a te nomear Sir, mas o título mais fácil de conseguir (mesmo sendo tão difícil e trabalhoso) é mesmo o de Mestre. Terminado o mestrado vc já tem esse título, então vamos pro próximo requisito.
Artigo científico e Comunidade Científica, o reconhecimento final!
Se a banca examinadora é o maior pavor dos místicos, o artigo científico é algo q eles nem se atrevem a pronunciar em voz alta, pq pra eles isso simplesmente naum existe, é um mito cujo feito nenhum conhecido pessoal deles conseguiu.
Se vc teve paciência pra ler até aki, vc sabe q a banca examinadora à qual seu projeto é submetido em 2 etapas é organizada pela insituição onde vc faz sua pesquisa, com membros dessa insituição ou convidados, especialistas no q vc tá pesquisando. A banca examinadora nesses casos é a representante dessa insituição, e pra todos os efeitos oq ela disser de vc tá sendo dito pela própria instituição, oficialmente. Isso tem uma grande importância claro, mas essa importância é bem menor fora da instituição, pq tudo é organizado lá dentro por ela própria e representa só ela. Pessoas naum ligadas à sua instituição de pesquisa naum tem nada a ver com oq bancas da sua instituição fizerem, a visão dessas pessoas sobre essas banca é oq sua instituição considera de vc.
Mas então, como isso tudo se junta?
Pra mim pelo menos isso parece o funcionamento óbvio: cada instituição de pesquisa tem seu valor e sua reputação, pesquisadores trabalhando dentro delas tem a aprovação delas pra pesquisar lá, e seus resultados espera-se q tenham a aprovação delas. Mas oq o resto do mundo, os leigos e os especialistas, naum tem a obrigação de concordar com esses resultados.
É aí q entra o 3º maior medo dos místicos e charlatões: a comunidade científica e o meio acadêmico, a simples pronúncia desses nomes gera arrepios neles!
Esses 2 elementos é quase sinônimos. Meio acadêmico compõe um grupo mais generalizado, formado por literários, artistas, esportistas, etc. Ao xingarem esse nome, geralmente eles demonstram ressentimento por instituições, por naum terem conseguido passar no vestibular ou terem tido negada vaga pra pesquisa.
Já a Comunidade Científica é onde o Satan fica escondido, é propriamente o grupo formado pelos cientistas, akeles vagabundos preguiçosos q ganham altas fortunas só pra ficarem calados de pernas pro ar sem fazer nada e confirmarem tudo q as Indústrias Malvadas disserem, isso qd eles naum trabalham pra elas pra criar novas doenças e dar a elas lucros bilhonários pra cada pessoa q morre no mundo!!
Já a Comunidade Científica é formada pelos cientistas em si. Comunidade é sinônimo de sociedade, é um grupo formado por pessoas independentes q se juntam pra se relacionar e trocar idéias.
Se olharmos algumas organizações pelo mundo, vamos ver q a maioria é formada por uma hierarquia onde os superiores mandam e os inferiores obedecem. Todas as empresas do mundo funcionam assim por exemplo. Conselhos de profissões tb, onde os líderes dos conselhos tem poder pra proibir profissionais de exercer profissão. Na sacrossanta igreja romada idem, oq o papa diz os padres tem q obedecer, quem naum concordar q se excomungue e saia.
Na Comunidade Científica é diferente, existe muita politicagem e troca de favores dentro das instituições (como eu disse, alunos duma universidade pública tem muita facilidade pra conseguir vaga de mestrado nela, alunos de outras públicas conseguem, já de particulares só com indicação de pessoas de dentro), existe relacionamento entre pessoas de instituições diferentes (pessoas formadas numa vão dar aula em outras, pessoas q terminam uma pesquisa numa podem ser convidadas a ir pesquisar em outras ou ter q ir procurar vagas em outras por naum conseguirem vaga nas atuais ou por quererem ir pra instituições com mais renome, estrutura e/ou verba), mas pessoas de instituições diferentes são independentes entre si. (Claro q instituições renomadas pela qualidade das pesquisas feitas dentro delas passam essa credibilidade pros seus pesquisadores, e todos q admiram essas instituições tb dão credibilidade pra qqr pesquisa feita dentro delas.)
Portanto, sempre q eu cobro pesquisa de algum místico, eu relevo e peço 1 única pesquisa de qqr instituição de pesquisa q seja, mas pesquisas aprovadas numa instituição naum significam q foram reconhecidas por outras! Simplesmente pq são independentes!
Então... como funciona a comunicação entre instituições pra q cientistas saibam oq tá sendo pesquisado no resto do mundo e pra q reconheçam essas pesquisas externas? Vão em sites tendenciosos na Web, onde opiniões concordantes coas dos donos ou convienentes a eles são enaltecidas e opiniões contrárias são censuradas? Vão em foruns ver oq os leigos estão falando (seria lindo cientistas se informarem com leigos)? Vêem jornais q são mais preocupados em falar qual o novo namorado dakela ex-BBB ou a última contusão dakele jogador famoso? Lêem revistas q usam hoax como fonte de notícias?
Nãããããão!! Cientistas tem suas publicações próprias, q tem comprometimento científico e averiguam os artigos antes de serem publicados! \o/
Pisando mais um pouco no calo dos místicos, eu sei q eles ficam eufóricos qd o jornal nacional ou a superinteressante faz uma matéria dakele tratamento moderníssimo, q de tão famoso ninguém nunca ouviu falar apesar de alegar conhecer há anos, e qd tais matérias aparecem eles festejam como se o reconhecimento derradeiro tivesse ocorrido, e só os cientistas malditos naum queiram aceitar, claro q por pura inveja e teimosia.
Oq acontece de fato é q, qd algum jornal faz uma matéria sobre alguma pesquisa, essa matéria qd eles tomam conhecimento dum artigo científico publicado. Jornalistas acompanham de longe essas publicações, e qd encontram algo q dê audiência ou possivelmente vá ficar conhecido nos próximos anos eles vão na instituição e entrevistam os pesquisadores q publicaram o artigo. Veja q a matéria nem é feita com base no artigo em si, pq os jornalistas naum conseguem entender bulhufas do q tá escrito, eles vão direto nos cientistas e fazem uma matéria própria, com base numa entrevista.
Vejamos como esse tal de artigo científico funciona. Lembra da história lá das pesquisas serem divididas em 2 etapas, q 1º precisa convencer q o projeto é válido e viável e depois fazer? Artigos científicos são baseados em resultados, por isso na 1ª etapa duma pesquisa é mais difícil escrever algum, afinal quase naum tem resultados prontos ainda. Qd a pesquisa é aprovada e começa e parte prática começa, resultados parciais vão aparecendo. Esses resultados parciais naum são nada conclusivos, mas já é algum material. De posse desses resultados, os cientistas podem tentar fazer artigos.
As publicações científicas são lançadas de tempos em tempos, são periódicas (garanto q todo místico já ouviu o nome periódico e ficou boiando bunito sem saber q diabo é isso!). Elas são mantidas por grupos de cientistas, instituições maiores tem suas próprias, fundações de fomento (naum necessariamente financeiro) a pesquisa tb podem ter.
O mais comum é cientistas de várias instituições duma região (país, continente, mundo) se organizarem e formarem uma publicação pra publicar artigos de pesquisas feitas nessa região, e com o tempo essas publicações vão se estabelecendo, se tornando clássicas e ganhando renome, prestígio, respeito e reconhecimento. De posse dos artigos a serem publicados eles editam a publicação, q dependendo do tamanho e da periodicidade pode ser revista ou livro. Algumas (as maiores, q recebem artigos submetidos do mundo todo, q tem mais participantes e seria caro alugar um estabelecimento pra reunir todos e todo mundo viajar pra lá) apenas publicam em papel e vendem a publicação pra todo mundo interessado em comprar. Outras já fazem simpósios, congressos, worshops, etc pra onde os cientistas viajam.
Esses eventos geralmente acontecem em hotéis com estrutura pra comportar boa parte dos visitantes e com salas pra comportar palestras. Os autores de artigos publicados vão pra lá e fazem palestras apresentando de forma didádica seus artigos. Interessados em pesquisas, mesmo naum tendo artigo publicado e nem precisando ser formados, podem se inscrever e ir lá assistir. Geralmente esses hotéis são bem luxuosos e dão descontos espetaculares (coisa de 80%, o evento vai lotar o hotel e divulgar ele pra pessoas de toda a região mesmo) pra quem for no evento, e claro recebem uma boa grana da organização pra disponibilizar o espaço das palestras.
E naum pense q quem vai nesses eventos tá fazendo turismo, é uma correria danada, tem muita coisa (interessante, se vc for num evento voltado pra algo q vc goste) pra ver, apresentações feitas ao mesmo tempo com vc querendo ver todas e naum podendo, etc.
No caso da publicação tb ter congresso, vc faz a inscrição e paga a entrada, q naum é barata. Além disso claro vc deve viajar até a cidade onde o congresso ocorre, ficar em hotel, ter custos normais duma viagem e sem nem ter tempo pra aproveitar e conhecer a cidade (se vc for rico pode reservar o hotel pra mais dias depois do congresso acabar e fazer turismo, mais naum é comum). No evento vc recebe o livro com os artigos publicados, q tá incluído na entrada pro evento.
O legal desses congressos é q vc encontra o pessoal frente-a-frente, inclusive pessoas mais conhecidas cujo trabalho vc admira e raramente tem oportunidade de ver. Eventualmente vc pode bater o papo coessas pessoas e conversar, inclusive aprofundar sobre assuntos das palestras e pesquisas. De noite o povo se junta em grupos de amigos pra sair pra jantar e vc pode tentar se enturmar e ir com eles, esse contato próximo é muito legal!
E sim, nos eventos ocorre conversas entre orientadores e interessados por vagas: assim como é uma oportunidade pra ter uma conversa mais próxima do q telefone e email, tb é uma ótima oportunidade pra se fazer conhecer por orientadores q tem poder sobre distribuição de vagas. Em congressos q eu fui eu conheci alguns, saí de noite e tudo mais, e digo q onde eu estava naum teve puxação de saco, pelo contrário o pessoal já era amigo e aproveitava pra descontrair e contar causos do passado, era bem legal. Em todo caso, se vc for amigo do amigo dum orientador q vc visa é possível se aproximarem, orientadores amigos indicam orientados, e se vc publicar artigo e um orientador ver sua palestra e gostar... nem preciso dizer né!
Pessoas apenas interessadas em ver as apresentações e ter o livro podem tranquilamente ir nesses congressos, naum é uma reunião a portas fechadas onde só membros compactuados com o complô tem acesso permitido, e muito menos tem dinheiro distribuído lá Mais o custo total da viagem e estadia é muito alto e na prática a a maioria das pessoas é autores de artigos publicados.
Muitos congressos exigem q pelo menos 1 autor de cada artigo aceito pra publicação vá no congresso, caso contrário a publicação é cancelada. Tem até gente q paga a entrada no congresso mas naum viaja, pede pra alguém pegar o livro pra eles e assim economiza grana, apesar de querer ir. Isso é triste pq publicações dependem desse financiamento pra se manterem e custear os congressos (éééééééé Indústrias Malvadas num pagam tudo naum, é as pessoas q participam q custeiam!), e como a maioria só vai se publicar artigo, as publicações tentam aumentar a quantidade de artigos publicados pra ter mais pessoas sendo forçadas a ir e pagar. E mesmo assim a publicação de artigo ainda é difícil...
É raro mas os mais sortudos conseguem incluir verba pra ir em concursos no financiamento da pesquisa cujo artigo conseguiram publicar, e é rarríssimo mas tem casos onde universidade ou empresa q apóia um pesquisador paga a viagem, qd ela tem interesse na divulgação. O normal pra todo mundo é a gente pagar tudo do bolso mesmo.
No caso de publicações sem congresso acredito q os interessados compram a publicação e ela é enviada pelo correio. O importante a ser entendido nisso tudo é q publicações científicas naum são fechadas nem ocorrem de forma oculta, elas são abertas pra todos os interessados. Se vc por acaso fica perguntando (num raríssimo caso onde um místico faz algum questionamento) onde isso tudo acontece sem q vc saiba, taí a informação, caso vc tenha coragem de reconhecer. Basta procurar informações sobre publicações da área do seu interesse (e vc NAUM vai conseguir essas informações em sites místicos, forum e nem yorkut) e saber como conseguir ter acesso a elas.
Saiba tb q artigos científicos são MUITO diferentes de matérias jornalísticas, e TOTALMENTE diferentes de hoax e textos cretinos q gurus charlatões espalham. Hoax e historinhas bonitinhas são feitas pra pessoas de mente fraca facilmente manipuláveis, e matérias jornalísticas são escritas de modo ao público em geral entender. Artigos científicos, por outro lado, são escritos por pessoas q pesquisaram sobre oq estão escrevendo, pra ser lidos por cientistas especialistas no assunto. Essas pesquisas resultam em textos de várias dezenas de páginas documentando toda a pesquisa em todos os detalhes, os artigos são um resumo desses textos. Os textos tem alguma conotação didática, já os artigos são pra quem entende.
A idéia das publicações é vc ter acesso a artigos de várias pesquisas ocorrendo no momento ou q acabaram de ser finalizadas (o mais moderno e atualizado, das pesquisas com maior qualidade, disponível no momento). Esses artigos são resumos de poucas páginas pra vc ler todos em poucos dias, e aí as pesquisas cujos artigos vc gostar mais vc entra em contato com o autor e pede o texto original completo (monografia, tese do mestrado, tese do doutorado, etc) pra ler em detalhes, e de quebra ainda conversa com ele por email sobre a pesquisa (sim, cientistas naum ficam trancados escondidos, eles são bem fáceis de contactar, basta vc entrar em contato com eles, e geralmente gostam de pessoas interessadas nos mesmos assuntos q eles e são bem prestativos - ééééééé cientista é humano tb, por mais difícil q possa ser pros místicos acreditarem!!!!!!).
Uma semelhança interessante entre artigos científicos e hoax/historinhas bonitinhas é q os autores de todos eles desejam convencer os leitores sobre algo. E uma grande diferença é q artigos científicos apresentam provas com dados claros e transparentes sobre CADA afirmação feita, enquanto materiais produzidos por charlatões são cheios de leviandade, mentiras descaradas, insinuações xulas e nem 1 única provinha sequer . Além claro de artigo científico ter autor, fonte, data q foi escrito, referências bibliográficas, ao passo q hoax vc nunca sabe quem escreveu, qd escreveu e com base em q ele diz tanta lorota .
Credibilidade e reconhecimento: como ter seu próprio artigo científico publicado!
Aí entra o papel da credibilidade. Um cientista sempre espera q ninguém vá acreditar no q ele diz, e por ficar calejado nas avaliações das bancas examinadoras ele tem como normal apresentar provas, ser o mais transparente possível, esclarecer dúvidas e responder questões q permanecem depois dos seus textos serem lidos e palestras serem assistidas... e ainda assim lidar com pessoas q vão discordar dele, inclusive correr o risco de ser confrontado com alguma prova q demonstre ele estar equivocado. É pra evitar a saia justa desse último caso q eles precisam ler e saber tanto, pra garantir q tenham todo o conhecimento envolvendo suas pesquisas. Humildade e conhecimento avançado andando de mãos dadas, enquanto charlatões e místicos em geral adoram se gabar de terem conhecimentos vagos sobre algo, e justamente por isso se irritarem qd alguém pede informações extras q eles nunca possuem.
Eu já falei sobre toda a parte de termos acesso à publicação de artigos científicos e de onde eles vem, mais afinal como uma publicação define qual artigo publicar? (seria fazendo um leilão e publicando os q pagarem mais caro? ou talvez via jabá das instituições onde a pesquisa foi feita? talvez paguem pra boicotar publicação de artigos sobre pesquisas q eles naum coonseguiram boicotar a vaga nem a aprovação, ou mesmo boicotar cientistas concorrentes...) Vc acertou se pensou q bancas examinadoras organizadas pelas publicações avaliam os artigos!
Retornando à boiada, vc tá lá fazendo seu mestrado, todo feliz por ter tido seu projeto aprovado. Vc vai fazendo testes seguindo a Metodologia Científica como seu orientador te ensinou, os testes vão avançando e vc vai vendo os resultados. Numa Iniciação Científica vc tem alguns meses pra fazer os testes, num mestrado vc tem vários meses. Como já dito os resultados parciais são produzidos, e baseado (lembra de ter visto algum chato te perguntando em q vc se baseou pra dizer algo ou qual é o seu embasamento, e ter rido da sua cara qd vc responde ter sido um video no youtube ou um email q seu amigo te mandou?) neles vc escreve o artigo. As publicações fornecem modelos de como os artigos devem ser formatados, estruturados e organizados, vc usa esse modelo, escreve tudo direitinho, passa pro seu orientador avaliar, e depois q ele tiver gostado vc ainda pede pra amigos lerem e dizerem oq acharam, e qd naum der mais pra melhorar vc submete seu artigo pra avaliação.
As publicações, ao contrário dos místicos, naum pegam os textos e vão logo acreditando em qqr coisa q vc disser. Elas convidam cientistas como vc, muitos deles orientadores ou pelo menos Mestres, pra ler os artigos submetidos e avaliar. Eles avaliam vários fatores e dão notas, as notas são somadas e seu artigo ganha uma nota final.
Importante saber pelos místicos: vc já tem seu artigo escrito qd submete ele, obviamente naum é possível submeter um artigo pra publicação sem ter ele escrito. Portanto, ria da cara de paspalho daquele guru metido a sabichão q enrola bunito os seguidores dele ao dizer q seus artigos foram boicotados por toooooooooodas as publicações científicas do mundo. Estamos no final da 1ª década dum novo milênio e temos a Web. Se ele teve vários e vários artigos boicotados ao longo de incontáveis anos de pesquisas
, ele obviamente escreveu cada um desses incontáveis artigos, eles apenas naum foram publicados. Pergunte a ele: cadê todos esses artigos q ele tentou publicar e foram boicotados? Pq ele naum coloca eles em algum site pra q todos possam ler, e avaliar se o artigo merecia ter sido publicado ou naum? Divulga uai, deixa o pessoal ler, já tá tudo escrito mesmo! Se o cara é o suprassumo da sapiência como ele convence os seguidores e defensores, obviamente seus artigos são espetaculares, e só mesmo por boicote eles naum foram publicados, né!
Anyway, todos os artigos submetidos pra uma publicação são avaliados por um grupo de especialistas na área, cada um deles avalia uma série de fatores resultando numa nota médica de cada membro da banca, e cada nota é somada pra compor a nota final. Os artigos são então ordenados num rank de acordo coas notas, e os q conseguirem melhor avaliação são publicados. Simples assim, nenhum mistério oculto, apenas ignorância congênita de místicos burros e folgados. Normalmente a quantidade de membros da banca é muito maior q a quantidade a avaliar cada artigo (é, naum dá pra cada membro ler e avaliar todos) e a distribuição é aleatória. Se vc conseguir descobrir algum avaliador do seu artigo (a gente só fica sabendo qd a avaliação é entregue pra gente [e aliás, pede lá pro seu charlatão favorito divulgar as avaliações dos artigos dele junto às bancadas pra gente ver com total transparência como o tal boicote vem sendo feito sistematicamente por vários e vários anos! ]) vc pode até chegar nele e oferecer uma grana, mais vai ser só 1 dos avaliadores, e dificilmente ele vai aceitar, pq naum vale a pena botar toda a carreira em risco por causa dum único artigo.
Escrever artigos é fácil, assim como é escrever matérias jornalísticas, e mais fácil ainda é escrever e espalhar hoax e historinhas bonitinhas pra ludibriar gente de mente fraca. Na matéria jornalística ainda tem q conseguir a aprovação do editor chefe e tem q vender jornal, já hoax é só vc sair mandando à vontade e esperar peixe fisgar a isca. Comments em sites então, vc pode até criar nomes falsos e se passar por várias pessoas pra dar sensação de quantidade e popularidade.
Agora, artigo científico...... Lembra q em pesquisas vc corre o risco da banca considerar seu projeto falho e naum aprovar ele, ou naum gostar do resultado e considerar ele fraco? Lembra q nesses casos vc tem seu orientador pra ser co-responsável pela pesquisa e evitar q vc passe por esse vexame, te impedindo de ficar de frente pra banca caso ele perceba q vc naum vai conseguir?
Poisé... com artigo científico esses riscos tb existem, coa diferença q seu orientador naum pode te proteger! Ele pode ler seu artigo e avaliar, te apontar oq tá errado e oq deve ser melhorado, te ajudar a encontrar outras pessoas pra fazerem o favor de ler e dizer oq acham. Mais ele naum pode prever oq cada membro da banca examinadora da publicação científica vai achar do seu artigo. Jutamente pq a publicação científica é independente da sua instituição, ela naum tem nada a ver com vc e seu orientador, ela recebe artigos de várias instituições, sendo essas tb independentes entre si. Pra publicação científica vc é só + 1, ela naum perde nada se seu artigo tiver uma avaliação péssima.
Outra diferença pro artigo científico: em pesquisas, o corte é feito na distribuição de vagas. Conseguindo a vaga, o único risco existente da sua pesquisa ir pro brejo é ela naum ser aprovada (além claro de vc fraudar algum resultado e ser descoberto). Estando todas as pesquisas OK, todas passam, uma pesquisa naum influencia na outra. Já na publicação científica a quantidade de artigos publicados é relativa ao espaço disponível, por isso a quantidade de artigos científicos publicados é limitada, e a definição é feita pela competição, só os melhor avaliados são publicados!
Acha difícil conseguir vaga pra pesquisa? Se naum conseguir, pelo menos vc naum perdeu nada q já tenha feito. Já a publicação de artigos exige ter resultados pra apresentar, no mínimo a pesquisa em andamento, e se vc naum conseguir publicar vc perde a oportunidade pra sempre, pq na próxima publicação os dados já vão ser velhos pra ser publicados. Se o artigo for sobre uma pesquisa já finalizada então, sem chance de melhorar ela e tentar o próximo, sua chance passou e seu trabalho ficou com menos valor.
Naum q ela naum tenha validade nenhuma, afinal ela foi aprovada dentro da sua instituição de pesquisa, tem resultados pra apresentar e tudo mais. A instituição e o orientador, tão responsáveis pela pesquisa qt vc, com certeza garantiram q naum houve fraude, então os resultados e a conclusão ainda são válidos e podem ser usados normalmente como embasamento pra outras pesquisas. Mais vc perdeu a oportunidade de ganhar algo q tem um valor inestimável: CREDIBILIDADE e RECONHECIMENTO.
Como eu disse, dentro da sua instituição é dentro da sua instituição, ela tem regras próprias e estando dentro das leis faz oq quiser. Existe vários meios pra uma pesquisa iniciada naum ser interrompida e chegar ao final mesmo com vários contratempos, afinal a instituição disponibiliza vários tipos de recursos pra ela ser feita e seu orientador gasta tempo. É muito raro uma pesquisa iniciada ser interrompida por causa de algum problema, no máximo ela dura mais tempo do q o esperado (oq já dá uma prejudicada grave), mais nos trancos e barrancos ela sai.
Já fora dela é outro assunto, os pesquisadores duma instituição naum tem nenhuma ligação com pesquisadores de outra instituição, são totalmente independentes. Nos congressos os pesquisadores de várias instituições se encontram pra trocar experiências, e nas publicações eles divulgam seus trabalhos e ficam sabendo oq tá sendo pesquisado nas outras instituições.
Cientistas dessas instituições, principalmente orientadores, são convidados pra compor a banca q examina os artigos submetidos, e assim representando a publicação eles avaliam e classificam os artigos. Os artigos considerados melhores são publicados, sendo assim reconhecidos como os melhores artigos e recebendo credibilidade por terem sido aprovados pra publicação.
Cientistas q acompanham a publicação lêem os artigos, se informam, se mantém atualizados. Os artigos q eles gostam mais eles contactam os autores, pedem a tese completa pra eles, lêem toda a documentação se inteirando dos detalhes, ficam conhecendo a pesquisa a fundo. E então se gostarem podem se interessar em fazer pesquisa própria com base na pesquisa original extendendo ela, referenciando ela nas referências bibliográficas, e assim a pesquisa vai expandindo e avançando.
Isso é a Comunidade Científica!
Se por outro lado alguém ler o seu artigo e considerar ele errado, achar q seus resultados são falhos ou mesmo parecerem fraudados, ele tb entra em contato com vc e pede sua tese. Ele lê ela e se aprofunda em sua pesquisa, e se quiser ele faz uma pesquisa própria com testes próprios e independentes de vc (Repito outra vez pros místicos entenderem q uma instituição é independente da outra, uma naum influencia as outras e oq uma afirma a outra naum é obrigada a concordar cegamente. Poisé, sendo ele independente e sem ter nenhuma relação com vc, se ele naum concordar com seus resultados ele tem liberdade pra fazer pesquisas próprias e apresentar resultados qcontestem os seus!). Com os resultados desse teste independente ele pode conferir se eles batem com os seus e saber se vc tava certo, ou ver q eles contrastam e ter assim uma evidência científica ou mesmo uma prova q vc tá errado. Isso acontece qd ocorreu um erro na pesquisa original influenciando os resultados, qd ela naum tem qualidade estatística suficiente e eventos aleatórios ganham evidência q uma pesquisa mais trabalhada naum deixaria acontecer, ou por fraude, q é raro de acontecer pois todos sabem q sua pesquisa vai ser avaliada por outras pessoas e a fraude vai ser descoberta.
Da mesma forma, ele pode escrever um artigo com seus próprios resultados e tentar publicar, e assim afirmar pra comunidade acreditar q vc tá errado e apresentar provas disso. E assim o debate vai avançado na Comunidade Científica, com apresentação de provas, e naum com acusações pessoas e briguinhas medíocres.
Conseguir vaga pra pesquisa numa instituição significa q vc como pesquisador teve seu valor reconhecido por ela, e ter sua pesquisa finalizada significa q a instituição reconhece sua pesquisa como válida. Ter artigo científico publicado significa q a Comunidade Científica reconhece e dá crédito pra sua pesquisa. Ter sua pesquisa ou seu artigo referenciado numa outra pesquisa significa q essa pesquisa reconhece e dá crédito pro seu trabalho, considera ele correto, e todos os méritos dessa pesquisa q te referenciou tb vão "respingar" na sua pesquisa original.
É assim q a Ciência evolui no mundo e a Comunidade Científica trabalha. Naum é por meio de cientistas trancados e isolados em salas escuras de laboratórios, trabalhando sozinhos e separados do resto do mundo. (Místicos gostam de dizer q médicos isolados podem criar tratamentos e usar seus tratamentos livremente, sem considerar o resto do mundo.) A Ciência evolui através da troca de conhecimento entre pesquisadores, cada um deles fazendo pequenos avanços em suas pesquisas e divulgando esses avanços, e outros pesquisadores independentes tomando os resultados desses avanços pra fazer pesquisas próprias q avancem mais ainda. Até q depois de vários anos de trabalho duro, várias instituições de pesquisa e dezenas de pesquisadores envolvidos, centenas de artigos científicos publicados, pouco a pouco a Comunidade Científica vai reconhecendo todo esse trabalho conjunto e dando cada vez mais crédito a ele, até podendo chegar num consenso.
Esse consenso naum é um grupo de gente sem noção q apenas lê textos levianos e cegamente concordam com qqr coisa escrita. Eles avaliam cada afirmação em cada texto, conferem as provas e resultados, confirmam, creditam. Tudo feito de forma separada e independente!
E sim, TUDO q é afirmado num texto científico, seja monografia, tese ou artigo, deve ser provado. Se vc quiser dizer q o céu é azul num trabalho científico vc tem q provar. Qd alguém quer dizer algo q naum pode provar, ele usa a palavra conjecturo, significando q ele acredita ser isso Verdade mas naum encontrou nenhum artigo q comprove nem teve oportunidade de provar ainda. Mas isso tb naum significa q vc deva ler um artigo científico acreditando cegamente em qqr coisa q estiver lá, só naum vai fazer como os vegetarianos e sair xingando autor de matéria jornalística sobre um artigo científico q contrariou seus dogmas religiosos e mercantilísticos .
Leviandade naum existe na Ciência. Se vc afirmar algo sem referenciar uma prova ou apresentar provas suas, a 1ª banca examinadora q topar com seu texto vai te cobrar referência ou prova ou exigir q vc mude a frase!
Percebe agora pq místicos simplesmente naum conseguem fazer pesquisa? Naum é por causa de boicotes e complôs, é simplesmente por incopetência própria e incapacidade de provar suas leviandades baratas .
Congresso foi divertido mas acabou, bora voltar pro doutorado
Voltando à nossa historinha, nosso amigo batalhador tava tentando conseguir vaga pro seu doutorado. Eu expliquei q a 1ª exigência básica pra conseguir a vaga era um título, q ele conseguiu ao se tornar Mestre.
O outro requisito básico pra poder fazer mestrado é ter 1 artigo científico publicado. Se ele já tem mestrado, é bem provável q já tenha publicado pelo menos 1 artigo científico. Hoje na prática todo Mestre mediano já tem publicado um punhado de artigos, e os melhores já tem dezenas.
Lembremos q Mestre é voltado pra professores, q basicamente devem se aprofundar na sua área de especialização pra poderem ensinar o básico e essencial a alunos de graduação. Ele pode portanto, em teoria, apenas ler dezenas e dezenas de livros e escrever uma tese de mestrado resumindo tudo. Um professor naum é obrigado a fazer pesquisas q gerem novos conhecimentos, inéditos.
Já o doutorado é voltado pra ciência, pro cara q faz ciência, q produz novos conhecimentos e gera avanços pra Humanidade. Ele naum faz simplesmente re-ensinar oq já é de conhecimento, ele cria conhecimento novo. Por isso a exigência dele já ter publicado algum artigo, demonstrando já ter feito algo de útil e ter um mínimo de credibilidade e reconhecimento, perante a Comunidade Científica. Afinal ser cientista e ter título de Doutor naum é pra qqr um né?
A estrutura básica do doutorado segue o mesmo estilo já descrito, é dividida nas mesmas 2 etapas, mas agora dura 4 anos e cada etapa tem 2 anos (imagina vc ficar fazendo sua pesquisa por 2 anos e aí a banca examinadora rejeitar seu projeto por considerar ele irrelevante ou falho.......). Obviamente doutorado tem mais recursos (infra-estrutura, verba financeira, etc) disponíveis e mais tempo pra fazer a pesquisa, seu orientador é muito mais experiente e as exigências pra uma universidade ou instituição de pesquisa oferecer doutorado é muito maior.
As cobranças por resultados sobre o doutorando são tb muito maiores, mas em compensação ele tem muito mais liberdade e crédito pra pesquisar, por isso a satisfação e o prazer de fazer aquilo q vc gosta são muito maiores. Da mesma forma, com mais credibilidade e reconhecimento (um doutor tem mais, afinal ele já é graduado há um bom tempo, o mestrado já ficou pra trás, já é Mestre, já provou sua capacidade, tem mais e melhores artigos científicos publicados...) ele tb tem mais facilidade pra conseguir financiamento, e é disso q vamos falar agora...
Mais pesquisa é cara Seu Dotô, de onde eu tiro o dinheiro pra financiar meu trabalho e ainda me sustentar? Fazer pesquisa como hobby naum dá!
Como já devo ter deixado claro, fazer pesquisa dá trabalho. O cientista é constantemente cobrado e exigido, precisa provar tudo q diz, precisa apresentar resultados, precisa cultivar sua credibilidade e precisa receber reconhecimento. Tudo isso é assim constantemente, artigos publicados ano passado já são passado, todo mundo quer saber qts artigos vc já publicou e ainda vai publicar esse ano. Afinal a Ciência naum pode parar, certo?
Em casa podemos fazer nossas coisas da maneira q quisermos, já na Ciência precisamos seguir padrões e regras, precisamos estar ligados a e sermos reconhecidos pela Comunidade Científica, precisamos fazer testes extensos e produzir resultados q comprovem oq queremos provar.
Esses testes, padronizados pela Metodologia Científica, precisam ser muito detalhados, pra garantir q seus resultados sejam exatos e precisos, evitando assim equívocos e erros, e claro impedir q fraudes e charlatanismo entrem nesse meio. Eles são tb muito chatos de fazer, demandam muito tempo e tem muitos detalhes chatinhos. Vc pode até ter sua certeza pessoal de estar certo, mais pra ganhar reconhecimento e credibilidade da Comunidade Científica vc deve provar isso a eles. (ééééééééé num é só sair falando oq bem entender e o resto da Comunidade Científica q se vire pra provar q vc tá errado naum, vc q deve provar e convencer todos, com provas, q vc tá certo, caso contrário eles te ignoram e te deixam falando sozinho. Por isso incompetentes e charlatões precisam ir falar abobrinha pra leigaiada, pq na Comunidade Científica essas abobrinhas são sumariamente ignoradas [e naum boicotadas ]).
Tudo isso claro demanda tempo, além de precisar comprar materiais pra fazer os testes (qd tais materiais já existirem, caso contrário antes vc precisa pesquisar pra desenvolver eles! Vide o grande Isaac Newton q trouxe ótimos avanços à matemática pra permitir suas pesquisas na física ), além de claro pagar sua bolsa pra te sustentar inqt vc pesquisa e a do seu orientador tb, q merecidamente ganha mais do q vc.
Financiamento privado
Como conseguir esse tão almejado e escasso financiamento então?
Bão, se vc morar num país sério como alguns da Europa ou o USA, empresas sem ligações com o governo vão ter consciência q pesquisa é importante e doar altas quantias pra sua instituição de pesquisa, pra financar pesquisas de pessoas como vc q a instituição considerou bom o suficiente pra pesquisar dentro dela.
No USA por exemplo, as empresas doam tanta verba q algumas universidades devolvem parte dela por naum conseguirem usar tudo, por falta de espaço ou pessoal capacitado. Nesses país sérios vc nem precisa procurar a iniciativa privada diretamente, basta conseguir vaga numa instituição e vc já vai ter financiamento, a instituição já tem credibilidade suficiente pra bancar seus pesquisadores.
Se vc naum tiver essa sorte e morar num país medíocre e corrupto, como por exemplo um tal de Brasil, aí realmente as empresas vão te boicotar. Multinacionais naum investem em pesquisa no Brasil, qd investem é por aki ser mais barato q nas sedes. Empresas brasileras pior ainda, elas naum gostam de investir em tecnologia, consideram isso gasto inútil e desperdício, preferem comprar tecnologia pronta e pagar royalities pro criador, pq sai mais barato e a tecnologia é acessível imediatamente (desenvolvendo é preciso esperar ser desenvolvida né).
Gosto de citar um alicate q eu tenho, da marca "Most Feeling Co.,LTD.". Na embalagem dele usam como marcketing a pomposa frase desenhado no Japão
. Ele é fabricado no Brasil, mais a tecnologia foi desenvolvida no Japão. Os japoneses investiram em R&D, criaram a tecnologia e licenciam ela pros interessados. Essa empresa licenciou, paga royalities pela tecnologia e recebe o direito de fabricar e comercializar o alicate.
Além disso, qd empresas privadas investem em pesquisa, muitas vezes em laboratórios próprios, elas patenteiam a tecnologia e fazem como esses japoneses aí, licenciando e lucrando com recebimento de royalities, ou monopolizando e exigindo a todos q quiserem usar a tecnologia q compre deles. Isso é bem chato, mas tb devemos considerar q sem o investimento a tecnologia naum exisitiria mesmo, foi graças à empresa q a tecnologia foi criada, e um dia qd a patente expirar a tecnologia vai ser de domínio público pra todos aproveitarem. Então vamos agradecer a essas empresas por pelo menos a tecnologia existir, pior ainda se nem existisse :)
Se vc mora no Brasil, ainda tem a possibilidade de fazer tudo explicado ao longo do texto, publicar muitos e ótimos artigos, em publicações renomadas e com grande credibilidade, e aí vc consiga vaga numa universidade na Europa ou no USA. Impossível com certeza naum é, muita gente consegue e universidades como UFMG e USP exigem isso dos seus pesquisadores.
Mas claro q nada disso vem fácil, como disse Bill Gates, provavelmente vc naum vai ter um cargo numa empresa q te ofereça carro e telefone à disposição antes de ter conseguido comprar seu próprio carro e telefone
. Portanto deixe de ser um místico chorão ranhetando sobre complôs e boicotes, e bote a mão na maça, trabalhe duro e honestamente, e vá pesquisando de acordo com suas possibilidades e oportunidades até ter graduação suficiente pra fazer projetos grandes.
No Brasil temos uma lei permitindo às empresas abaterem 12% do Imposto de Renda pra investir em esporte, cultura, religião e ciência. Em vez da grana ir pro governo via imposto, elas podem direcionar essa grana pra ajudar essas áreas, é um investimento GRÁTIS já q se naum investissem a grana iria pro governo mesmo.
Claro q empresas naum são bobas, e acabam preferindo investir em eventos culturais e eventos esportivos ou atletas. Nesses casos, esses 12% são direcionados pro setor de marcketing da empresa, q faz a "doação" e junto pede pra marca da empresa ser vinculada ao q estão patrocinando. Eventos culturais atraem muita gente, e atletas às vezes aparecem em jornal, por isso essa é uma grande oportunidade de reverter impostos abatidos em investimento interno, no caso pra marcketing, já q muita gente vai ver essas coisas. Religião já depende do fanatismo religioso dos donos e administradores das empresas, e ciência só recebe investimento qd a tecnologia criada vai beneficiar de algum modo a empresa q investe. Nesse caso, a empresa recebe a tecnologia de graça, sem ter q investir em R&D e nem licenciar pagando royalities, afinal era verba q iria pra imposto mesmo.
Aí vc q tem um mínimo de bom senso pensa: se atletas profissionais, q são os mais beneficiados por essa lei, já reclamam tanto de falta de investimento em esporte... imagina oq sobra pra Ciência. Poisé... o boicote das empresas JÁ EXISTE, ele é crônico e afeta TODAS as áreas e TODOS os tipos de pesquisa. Portanto, na próxima vez q seu guru charlatão preferido vir chorar por ser vítima de boicote, ria da cara dele, ele e todos os outros brasileiros são! Só q alguns desses brasileiros trabalham duro e mesmo com todas as dificuldades conseguem fazer suas pesquisas, já ele é incompetente d+ pra isso e por isso precisa ser sustentado por místicos trouxas q se deixam ludibriar por sua conversa fiada.
Eu sei q pra "pessoa física" tb tem lei permitindo direcionar 12% do imposto de renda pra algumas coisas, como por exemplo previdência privada, só naum sei e pra "pessoa física" tb dá pra usar essa verba em doações pra pesquisa. Se for possível, o pessoal rico q paga imposto de renda tb pode fazer doações pra pesquisas de seu interesse.
Como última alternativa pra conseguir financiamento privado, ainda tem as universidades particulares. Cobrando mensalidades exorbitantes dos alunos, verba é oq naum falta pra elas, o problema é saber oq fazem com tanto dinheiro. Algumas oferecem bolsa pra Iniciação Científica, uma certa universidade bem ruizinha já oferece R$5.000 de verba mais R$300 mensal pro aluno e R$600 pro orientador. Na PUC Minas se naum tô enganado a mensalidade do mestrado é R$1000 e disponibilizam uma verba básica pra custear cada pesquisa. Vc já deve saber q cada universidade funciona dum jeito e oferece estrutura e verba diferentes né!
Financiamento público
É, se vc for depender de financiamento privado em países medíocres como o Brasil vc vai mesmo precisar virar charlatão e sair dizendo q foi boicotado, pq sua pesquisa nem entrar num papel vai, muito menos sair dele.
Melhor recorrer ao governo então. Acha q vai ser mais difícil ainda? pelo contrário, é difícil sim, mais é muito mais fácil do q muitos imaginam.
O governo tem um ministério só pra isso (ééééééé só pra apoiar a Ciência disponibilizando investimentos!), é o MCT, Ministério da Ciência e Tecnologia (http://www NULL.mct NULL.gov NULL.br/). Visite o site e dê uma olhada, na homepage já tem algumas ações dele, além de links pra Fontes de Financiamento (chamadas públicas, arrecadação, etc), Unidades de Pesquisa e Ouvidoria (se acha q existe complôs, boicotes ou irregularidades na distribuição de verbas, taí sua chance de parar de chorar em sites tenenciosos e fazer suas denúncias serem ouvidas!! ). Em Indicadores (http://www NULL.mct NULL.gov NULL.br/index NULL.php/content/view/740 NULL.html) vc tem informações muito úteis como bolsas de formação e pesquisa, produção científica, patentes, comparações internacionais, dados socioeconômicos, e principalmente recursos aplicados. Nesse aí eu vejo q em 2000 os governos federal e estaduais investiram um total de R$8,65 BILHÕES, 0,73% do PIB, e em 2008 investiram R$23 BILHÕES, 0,77% do PIB. Tudo em pesquisa, vinda do governo, de verbas originadas dos nossos impostos! Se for considerar tb o invetimento de empresas estatais em pesquisa, esses valores sobem pra R$15 - 1,3% PIB e R$43 - 1,43% PIB.
Sim, em 2008 o governo investiu um total de R$43 BILHÕES - 1,43% de todo o PIB do país, só em pesquisa. TUDO ISSO sem nenhuma ajuda de empresas privadas. E ainda vem charlatão incompetente dizer q naum tem investimento
Mais afinal como conseguir q o governo financie sua pesquisa? Tem tantas formas q eu poderia escrever 1 post inteiro só sobre isso, pra resumir os políticos disponibilizam a verba pro ministério, q repassa pra sua famosa agência chamada CNPq (http://www NULL.cnpq NULL.br/) (nunca ouviu falar dele? putz e ainda chora por naum ter sua pesquisa financiada?? ), q então lança editais (http://www NULL.cnpq NULL.br/editais/index NULL.htm).
Vc com seu projeto pronto submete ele pro CNPq pedindo verba pra financiar sua pesquisa (Charlatões tiveram suas pesquisas boicotadas certo? Se boicotaram, é pq ele submeteu projeto e ele naum teve classificação suficiente pra receber financiamento né? Pede pro seu charlatão preferido disponibilizar toooooooooodos os projetos q ele submeteu e as respostas q recebeu, pra gente dar uma olhada. Ele naum tem nenhum dos projetos q ele submeteu? perdeu tudo?? xiiiiiiiiiiiiiiiiii ). Seu projeto vai pra uma banca examinadora (e os charlatões incopetentes se escondem embaixo da mesa!!!!), q analiza ele e dá pontuações pra vários fatores. E assim os projetos com melhor pontuação geral são financiados, de acordo coa quantidade de verba disponível no momento pra faixa de financiamento q ele requer.
As submissões são divididas em 3 setores de acordo com quanta verba os projetos pedem: menos deR$30.000, de R$30.000 até R$300.000, e acima de R$300.000. É claro q projetos mais baratos tem mais facilidade de conseguir financiamento, pq R$1 bilhão financia 50.000 pesquisas de R$20.000 e "apenas" 2.850 pesquisas de R$350.000. Estatisticamente, METADE de TODOS os projetos submetidos pedindo menos de R$30.000 são financiados, portanto basta vc fazer tudo direitinho e pedir R$29.000 q vc tem 50% de chance média da sua pesquisa ser bancada pelo governo.
Entre os itens avaliados pelas bancas e q valem ponto, a qualificação o pesquisador e principalmente do orientador é 1 dos pontos relevantes. Se vc quer fazer Iniciação Científica com financiamento e bolsa do governo, vai depender do seu orientador, pode ir procurar um bom. Se no seu mestrado quer pesquisar algo bem grande e importante, faça um mestrado mais modesto e deixe sua pesquisa revolucionária pra mais tarde. Qd for fazer seu doutorado a coisa já facilita, vc naum vai ser financiado só por ser Mestre, mais isso já conta valiosos pontos, e seu orientador sendo Doutor tb ajuda muito. Se vc for Doutor aí já pode orientar outras pessoas e botar elas pra trabalhar pra vc e correr atrás de verbas maiores, pq tomar merreca do pessoal da IC é crueldade (brincadeira, Doutor sofre muito mais exigência e ninguém vai deixar ele ficar sendo desperdiçado fazendo pesquisa pequena, e se ele quiser isso por naum ter competência pra conseguir verba maior aí nem doutorado ele vai conseguir fazer mesmo).
É isso mesmo, naum adianta chorar, sua qualificação é muito importante pra definir suas chances de ser financiado. Sem ser Mestre vc naum consegue financiamento pra nada importante e por mais q goste naum vai conseguir ser orientador de ninguém. Mesmo sendo Mestre tentando doutorado vc naum consegue chegar nos R$100.000. Por isso, em vez de ficar chorando as pitangas dizendo q é boicotado só por naum ser Mestre, seja humilde, corra trás duma vaga, faça seu mestrado com projetos q dá conta de fazer, acabe seu doutorado logo e depois de ser gente grande aí sim vc pode botar em prática a sua grande idéia.
Outro fator muito relevante é sua instituição de pesquisa. Estando nas com maior credibilidade e histórico vc consegue financiamento com mais facilidade, já as universidades envolvidas em falcatruas, roubos, calúnias, mediocridades e bandidagens em geral precisam pagar bons salários pra Doutores e deixar eles trabalharem nelas pra fazerem pesquisas q dêem um pouco de prestígio a elas.
Por fim, o mais importante de tudo pra conseguir verba pras suas pesquisas: artigos científicos! Agora vc já sabe q artigos científicos publicados representam seu trabalho reconhecido e sua credibilidade frente à Comunidade Científica, e naum poderia ser diferente, a credibilidade do pesquisador é fator essencial pra ele ter suas pesquisas financiadas. O pessoal das bancas examinadoras quer lógico financiar pessoas reconhecidas e sérias, cujos trabalhos anteriores agregaram muito à Humanidade.
Se vc ainda tá aprendendo, vai ter q arrumar um orientador bom e trabalhar muito pra ele, inqt se qualifica como Mestre e Doutor e publica artigos até ter sua própria credibilidade.
Além dos itens citados, vários outros são analizados, como relevância e importância do projeto, os potenciais benefícios q a pesquisa concluída vai oferecer à Humanidade, a qualidade do texto do projeto, a clareza das informações, o pesquisador demonstrar saber sobre o assunto q vai pesquisar, etc.
Bão, as regras do CNPq estão aí, naum tem mistério nem segredo nenhum, quem naum sabia é pq é burro e teve preguiça de se informar (e místicos adoram dizer q eu naum sei nada e mandar eu me informar melhor... ).
Sobre os editais, eles são apenas documentos oficiais notificando o público (de novo, tudo feito às claras, nada escondido e secreto q vc próprio naum possa saber simplesmente entrando num site) das verbas q vão sendo disponibilizadas, tudo com clareza e transparência. A maioria deles é de assunto geral e disputada por todas as áreas igualitariamente. É comum tb o CNPq ou o governo querer fomentar pesquisas específicas, como por exemplo nanotecnologia, daí eles abrem edital pra assuntos específicos.
O mais comum é os cientistas escreverem projeto e submeterem assim q o documento ficar pronto, pro edital de assunto geral mais recente. Às vezes dão a sorte de estarem querendo pesquisar um assunto e sair edital justamente pra esse assunto, aí eles já tem o projeto quase preparado, finalizam e mandam. Principalmente no final do ano aparecem boquinhas ótimas, pq verba disponibilizada num ano naum repassa pro ano seguinte (verba q o CNPq naum conseguir distribuir volta pro governo e é distribuído entre os políticos, absurdo isso!). Por isso qd sai verba no final do ano eles precisam distribuir às pressas e no curto tempo naum dá pra preparar projeto, daí quem já tiver um pronto submete com pouca concorrência e é melhor um pesquisador ter sua pesquisa financiada, mesmo q o projeto seja abaixo da média, do q a grana ir pro governo.
Governos estaduais tb tem suas secretarias de pesquisa. É comum o CNPq fazer desafios pros governos: se vc conseguir q seu governador disponibilize R$150.000 pra pesquisa no seu estado, eu te dou mais R$150.000 e seus pesquisadores vão ter 300 pra pesquisar, mais se vc naum conseguir sua parte fica sem a minha tb
. Isso é muito legal pq com com verba federal na mão pra negociar, eles multiplicam essa verba fazendo governos estaduais com um mínimo de interesse em pesquisa a fomentarem em seus estados usando verba q sem tais negociações iria pra outros lugares. E claro, pesquisadores em estados mais interessados são beneficiados, além de novos pesquisadores nascidos nesses estados serem treinados, e pesquisadores bons vão pra esses estados treinar novos pesquisadores locais. Portanto, se vc considera q foi "boicotado" no seu estado, tentar ir pra estados mais sérios pode ser uma alternativa a ficar chorando e se tornar charlatão .
O governo da Bahia por exemplo tava incentivando cientistas de outros estados a ir pra lá, pagando R$1.200 de bolsa pra Doutores além da bolsa q o federal dava. Já q o federal dá bolsa de R$1.300 pra Doutores fazer pesquisa, na Bahia eles ganham mais, R$2.500.
Oq? tá assustado achando q com tanta ralação e qualificação tão alta, tendo feito tantas pesquisas ao longo dos anos, Doutores deviam ganhar mais de R$1.300 e era tudo gente rica? Tamos no Brasil meu chapa!!!! já viu cientista ser respeitado e ficar rico aki???? Agora vc entende pq tem charlatões e curandeiros pra todo lado, enriquecendo com doações e vendas de curas milagreiras... pq ralar tanto pra ganhar menos do q ganharia pra ser um gerente numa empresa, se vc pode ganhar ainda mais q um gerente ludibriando e enganando pessoas? Basta uma questão de caráter!
Se vc mora em São Paulo, parabéns pra vc, vc tem a FAPESP. Ela investe pesado (pra níveis brasileiros, pelo menos é bem mais q todos os outros estados) em pesquisa, e só pessoas fazendo pesquisa lá tem esse meio extra, além do CNPq, pra ser financiado. E ainda assim São Paulo tem golpistas se passando por médicos dizendo ser boicotados e naum conseguir pesquisar... vai ver por isso eles dizem estar na Europa...
Com tantas formas de conseguir financiamento, e com nosso governo até investindo muito em pesquisa se compararmos com investimento dele em saúde, educação, segurança, etc, é mesmo ridículo ver uma pessoa dizendo q ficou procurando financiamento e nenhuma empresa quis apoiar. É pra rir da cara do paspalho mesmo.
Pra ele poder dizer q foi boicotado, antes ele deve submeter projeto pra ser financiado e artigo pra ser publicado. Sem submeter, é óbvio q ele naum vai conseguir vaga nem financiamento nenhum pra pesquisa.
Se ele submeteu, ele tem o material guardado, então peça pra ele te mostrar, junto com as avaliações das bancas examinadoras. Essas avaliações possuem as opiniões do pessoal q avaliou o trabalho dele e as notas q ele recebeu. De posse desse material, vc próprio pode avaliar a qualidade dos projetos/artigos submetidos por ele e os argumentos dos avaliadores pras notas datas, e ver se os avaliadores tem razão ou realmente houve boicote.
Todas as vezes q eu pedi pra alguém q dissendo boicotado, ele teve um ataque súbido de mudez e depois virou vapor, e ao retornar ao normal teve um triste surto de amnésia...
Será q místicos vão conseguir ler agora se ficar destacado assim?
É inútil um guru místico ficar sentado na casa dele reclamando em sites tendenciosos de naum ter conseguido, só pra encontrar místicos ainda mais burros q ele pra acreditarem na sua conversa fiada e encherem ele de elogios dizendo ele estar certo. Eles fazem isso só pra terem alguém aparentemente mais entendido do q eles afirmando algo q eles em sua mediocridade naum tem capacidade pra dizer sem demonstrarem naum ter a mínima noção do q falam...
Ciência, ao contrário do misticismo, naum tem ataques pessoais e levianismos baratos. Se ele recebeu nota baixa, eles disseram de forma bem clara e imparcial oq tinha de fraco no trabalho dele. Se ele realmente chegou a trabalhar com pesquisa e acabou fracassando, foi por naum ter conseguido lidar com críticas, e em vez de melhorar ele desistiu e ficou ressentido.
Falando sério, é claro q conseguir verba naum é fácil e naum é todo mundo q consegue. A maioria das universidades no Brasil naum faz pesquisa ou faz poucas e de baixa relevância. Só os melhores conseguem, e as oportunidades pra quem graduou em universidade pública são muito maiores. Mesmo universidades maiores como a UFMG naum consegue comportar q todos os seus graduados façam mestrado, por isso elas preparam e incentivam eles pra irem pro mercado de trabalho fundar empresas próprias como alternativa ao mestrado, fazendo encubadoras de empresas e projetos do tipo. Os Mestres tb são "convidados" a tentarem fazer doutorado em universidades de outros estados caso tenham pontuação abaixo da média ou em outros países caso tenham sido muito bons.
A procura é muito maior q a demanda em todos os níveis e a concorrência é muito alta. É muito comum e normal pessoas ficarem de fora em todos os níveis de vagas, financiamentos e publicações, e garanto q mesmo tendo favorecimentos entre conhecidos, os sistemas de análise e seleção dentro da Comunidade Científica são MUITO, mas MUUITO mais honestos e transparentes q os relacionamentos dentro de empresas, por exemplo. Isso no mundo todo e tb no Brasil.
Por exemplo, universidades e pesquisadores maiores e mais reconhecidos tem ciência q sozinhos eles naum conseguem crescer mais, é preciso q toda a região cresca junto deles. Por isso, os q já mostraram ser capazes passam a apoiar cientistas e universidades menores, ao passo q exigem muito mais dos seus colegas e membros. Universidades e pesquisadores começando recebem incentivo e ajuda, isso é muito legal.
Portanto, é preciso q os místicos entendam duma vez por todas 4 coisas muito importantes, q ao negarem acabam fazendo papel de bobos e demonstrando ser idiotas:
- apesar de ser difícil conseguir, existe verba disponível, pública, relativamente muita, q é usada anualmente em milhares de pesquisas, q são finalizadas e publicadas normalmente
- se por acaso algum membro duma instituição ou banca realmente boicotou ele, outros do mesmo grupo naum vão boicotar, e mesmo se ele for prejudicado e perder uma seleção ele pode simplesmente tentar de novo em outra insituição numa outra oportunidade, basta naum desistir
- se algum guru diz ser o supra-sumo da sapiência, q tem 150 de QI, q é mais talentoso q todos os outros cientistas do mundo e é capaz de revolucionar sozinho sem nenhuma ajuda uma área de conhecimento com inovações nunca antes vistas... pode ter certeza q se fosse verdade ele estaria sendo disputado a tapa inclusive por instituições de pesquisa internacionais (o USA pega os melhores do mundo todo e leva pra pesquisar nas suas instituições, aliás a maioria dos cientistas fazendo pesquisa no USA naum nasceram lá...) pra q façam pesquisa nelas e dêem crédito a elas nos vários e vários artigos q eles publicarem (é assim mesmo, se vc tem talento pra publicar artigo [ser reconhecido], todo mundo vai te querer)... elas competiriam pra ter ele, e naum ele precisaria competir pra entrar nelas
- se todo o resto do mundo precisa passar pelo crivo da ciência, ele naum é nenhum deus pra ser exceção, e se a Ciência evolui em todo o mundo com pesquisas sendo feitas e concluídas seguindo essas regras, se ele é exceção é por incompetência própria, ou pq fez algo q jogou sua credibilidade na lama
Parabéns Doutor, vc conseguiu!!
Grande epoéia né? Após anos de ralação, e com sorte e muita dedicação tendo publicado um punhado de artigos científicos, nosso amigo finalmente terminou seu doutorado e agora sim é digno de ser chamado de Doutor.
Infelizmente há algumas pessoas q se gabam de serem chamadas assim, tendo até o pomposo título de Pr Dr Zé da Rola, por além de Doutor ele tb trabalhar como professor universitário.
Mais e aí, oq o cara faz depois de chegar no topo? Q pesquisa ele vai fazer?
Aí depende do q ele gosta. Alguns resolvem finalmente partir pro mercado de trabalho e usam o vasto conhecimento pra ganhar altos salários em cargos de gerência, mais a regra é continuarem mesmo fazendo pesquisa. Os mais dedicados deixam de viver de bicos de boisas raquíticas do governo pra ganharem uma profissão estável numa universidade: eles tem salário fixo pra ficarem lá fazendo pesquisa, e geralmente tb gastando umas horas dando aula pra dar uma ajudinha na procura pelo vestibular.
Muitos tb se tornam orientadores, passando a orientar pesquisadores menos experientes, ajudar eles em suas Iniciaçôes Científicas, mestrados e doutorados, sendo co-autores de todos os artigos q seus orientados publicam (e aí sim ele vira uma máquina de publicar artigos). O legal de ser orientador é q vc passa a coordenar várias pesquisas ao mesmo tempo (e ter seus orientados trabalhando e ralando pra vc, inqt vc recebe bolsas maiores do q eles), em vez de fazer 1 única pesquisa por vez.
Mais a maioria vai mesmo continuar suas próprias pesquisas, fazendo agora Pós-Doutorados, ou pós-doc. Nesse caso eles costumam ir pra instituições onde nunca pesquisaram antes, pra dar uma renovada e tb conhecer gente nova.
Depois de ralar tanto e ter adquirido tanta experiência, eles cansam de se sacrificar recebendo bolsas raquíticas do governo e se rebaixar pra conseguir adquirir seus títulos, e passam a se valorizar procurando instituições onde seu trabalho é mais valorizado. É só depois de terminar o doutorado q um pesquisador deixa de ser visto como alguém sendo bancado pra ter seu trabalho reconhecido, sendo agora visto como tendo provado ser realmente bom cujo trabalho contribui e realmente deve ser apoiado.
O Pós-Doutorado geralmente dura 2 anos, tb com 2 etapas como todo o resto. A cada 2 anos, ao terminar uma pesquisa ele já monta projeto pra outra e submete pedindo financiamento, e ao ser aprovado ele recomeça. Se ele é valorizado e gosta da instituição, ele continua pesquisando nela, já se ele naum gostar ou conseguir vaga em instituição ainda melhor ele vai pra próxima.
Só nos casos onde ele é mesmo pago pra trabalhar em tempo integral numa instituição, separado da bolsa da pesquisa q tá fazendo, é q ele se estabelece por definitivo numa instituição, caso contrário sempre q uma pesquisa termina ele precisa renovar ou pular pra outra instituição. Os pós-doc vão sendo feitos 1 atrás do outro, até q ele aposenta ou muda de emprego ou vira orientador.
Quanto às pesquisas, elas naum são obrigatoriamente relacionadas. Dependendo da receptividade de da vontade ele pode dividir um grande projeto em partes e a cada pós-doc ele vai fazendo 1 parte, e com o passar do tempo o projeto vai avançando como um todo. O mais comum é mesmo cada pesquisa ser independente, até pra ele naum ficar preso num assunto só e poder variar.
Qd uma certa pesquisa termina, de modo algum ela é finalizada e nada mais precisa ser feito. É raríssimo um pesquisador fazer como Carlos Chagas, q sozinho descobriu todo o ciclo do parasita causador da doença de chagas.
Continuando e avançando pesquisas já iniciadas: escopo, trabalhos futuros e referências bibliográficas!
Sempre há coisa d+ pra fazer e pouco tempo e recursos. Por isso, qd um pesquisador monta um projeto ele define o escopo da pesquisa, q é a parte específica do projeto completo q ele quer fazer nessa pesquisa espefífica (no mestrado/doutorado/pós-doc dele). Definindo o escopo ele diz oq é capaz de fazer e oq se propõe a fazer, a banca examinadora da sua instituição aprova e no final ela cobra se ele fez tudo q tinha dito q faria.
Na tese da sua pesquisa, no final depois da conclusão é comum colocar a seção chamada Trabalhos Futuros, onde ele diz oq tem vontade de fazer nas próximas e sugere oq interessados na sua pesquisa podem usar como tema pra novas pesquisas. Se tiver espaço ele tb resume essa seção nos artigos, e aí talvez vc já tenha adivinhado oq acontece. Outros pesquisadores da Comunidade Científica q tiverem acesso à publicação lêem seu artigo, e se gostarem já recebem sugestão do q mais pode ser pesquisado pra extender/avançar a pesquisa dele. Ficando interessados, eles entram em contato com o autor e pedem a tese completa pra lerem e conhecerem a pesquisa em detalhes, aprendendo tudo sobre ela e lendo tb a versão completa do Trabalhos Futuros.
Se depois de ler tudo algum cientista realmente ficar interessado, ele inicia sua própria pesquisa sobre o tema, tomando como base/se embasando na pesquisa original. Na introdução da tese da nova pesquisa ele faz um resumo da sua, reafirmando suas afirmações e referenciando seu artigo e sua tese. Ele faz a própria pesquisa, muitas vezes tendo auxílio do pesquisador original, q se quiser pode até ser co-orientador. Terminada a própria pesquisa, ele tb tenta publicar artigos, q vão referenciar a pesquisa original, dando ainda mais credibilidade e reconhecimento pra ela.
É como uma rede, onde cada pesquisa é um nó e cada referência é uma ligação a outro nó. Na escola as professoras, burras, xingam a gente se copiarmos textos de outras pessoas. Mal sabem as antas q na pesquisa é o contrário, qt mais texto vc ler mais vc sabe, e qt mais vc referenciar outros textos no seu mais valor ele tem. Claro q sempre ao referenciar um texto vc cita a fonte e o autor, caso contrário é plágio, outro tipo de fraude q joga a credibilidade do cientista na lama.
Qd uma pesquisa independente referencia uma pesquisa sua, ela tá concordando com vc, tá reafirmando oq vc afirmou, tá dizendo q vc tá certo. Qt mais referências suas pesquisas tiverem, mais reconhecimento vc tá recebendo, e mais credibilidade vc tem.
Sempre ao ler um texto científico, vc pode perceber q no final há as Referências Bibliográficas. Já vi vegetariano burro ficar impressionado com referências bibliográficas de artigos científicos q leu, pq ele naum sabia q isso existia, muitos místicos pensam mesmo q cada pesquisa é separada e isolada do resto da Comunidade Científica . Qd vc lê um texto q gosta, vc talvez queira se aprofundar mais e conhecer mais sobre o assunto, e as referências bibliográficas desse texto é uma ótima fonte, pq elas aprofundam em mais detalhes ainda os temas abordados no texto.
Cientistas q lerem um artigo/tese/monografia referenciando um artigo/tese/monografia seu talvez vão se interessar, naum só pela pesquisa do texto q leram, mas pelo seu artigo/tese/monografia e sua pesquisa tb, e se fizerem pesquisa sobre o tema talvez referenciem sua pesquisa, gerando mais referências ainda pra vc e te dando mais reconhecimento e credibilidade ainda pro seu trabalho, q tá servindo de base pra ainda mais pesquisas independentes.
É isso q os cientistas almejam, e é isso q dá visibilidade pra eles. Essa é a base do relacionamento da Comunidade Científica, por isso é tão ridículo ver alguém querendo trabalhar isolado do resto do mundo e ainda assim receber crédito estando isolado.
Conclusão
Eu naum tenho muita experiência em pesquisa, nem mestrado eu tenho. Mais debatendo em sites poraí no tempo livre e recebendo feedbacks no meu site eu vejo q o conhecimento das pessoas sobre pesquisa e Ciência é ainda menor. Muitos falam abobrinhas, coisas realmente estapafúrdias e sem a menor base na realidade, apenas invenções das suas cabeças ou repetições de papagaio de coisas q charlatões mentiram e elas acreditaram, criando verdadeiros "mundos da fantasia" onde coisas surreais acontecem.
É triste ver pessoas sendo enganadas por gente irresponsável, q ao naum conseguirem passar num vestibular ou naum conseguirem vaga pra mestrado, preferem jogar a culpa no sistema a reconhecer a própria incapacidade, desistindo logo no 1º fracasso em vez de persistir e buscar o sucesso. Ao se sentirem fracassados e naum conseguirem fazer pesquisa, eles acabam recorrendo ao charlatanismo pra fazerem oq gostam, enganando pessoas ainda menos capacitadas do q eles, algumas vezes até impressionando elas com carteiradas de bacharelado ou licenças básicas, q muitas vezes nem reais são e naum passam de fraudes. Ao serem questionados sobre o motivo de dizerem ser tão bons e famosos mas nunca terem feito pesquisa nem serem conhecidos, eles vem sempre com a velha conversa fiada de complôs e boicotes, e ao verem q o questionador naum foi ludibriado eles partem pra ataques pessoas medíocres e depois fogem.
Infelizmente pessoas ainda mais medíocres do q eles preferem seguir suas conveniências e sustentar financeiramente esses charlatões, apenas por eles darem carteiradas se dizendo graduados e tendo feito várias pesquisas extra-oficiais, vivendo assim num mundo da fantasia onde eles são filhos do rei em vez de encararem a Verdade e lutarem pra realizar seus sonhos.
Nesse texto q provavelmente bateu o record de post mais longo do meu site, espero ter esclarecido vários pontos principais de como Ciência séria, responsável, ética e honesta é feita, pela maioria das pessoas do mundo, e tirado a dúvida dos q se propuserem a deixar a preguiça congênita de lado e efetivamente tentarem se informar. Já tava devendo esse texto há algum tempo e agora finalmente ele saiu.
Apesar do tamanho do texto ele ainda é um resumo muito básico de como tudo funciona. Se sobrar alguma dúvida ou se o resumo gerar alguma confusão por falta de detalhes, basta usar os comments abaixo q eu respondo dando mais esclarecimentos .
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